Um tema debatido durante o Congresso do 22º Festival do Turismo de Gramado, em novembro do ano passado, está cada vez mais na pauta da imprensa nacional e na mídia especializada em turismo: o caos nos aeroportos para a Copa de 2014.
Uma das principais questões abordadas no Congresso, a de que os aeroportos atualmente não estão preparados para atender sua demanda natural, continua em pauta. “Temos que preparar os aeroportos para o nosso dia-a-dia, não apenas porque temos eventos projetados”, afirmou na ocasião Respício A. Espírito Santo Jr. Ele, que é presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (CEPTA), disse que o Brasil está com o pensamento errado, quando aposta em melhorias tendo em vista apenas a realização da Copa de 2015 e das Olimpíadas de 2016.
A preocupação levantada no Congresso do Festuris no ano pasado se revela atual após cinco meses. Um estudo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), divulgado recentemente, prevê que as obras em aeroportos nas cidades-sede da Copa de 2014 estão atrasadas e que, mesmo concluídas, não atenderão ao aumento da procura por passagens aéreas. Segundo o SNEA, dos 16 aeroportos dos Estados onde ocorrerão jogos da Copa, 11 estariam com a capacidade esgotada no ano do Mundial. Dados divulgados pelo Sindicato indicam que o número de passageiros passará de 155 milhões em 2010 para 225 milhões em 2014.
Copa em números – No turismo, a Copa do Mundo de 2014 deve atrair 600 mil turistas internacionais, movimentando R$ 9 bilhões na economia nacional e circulação de 3,1 milhões de turistas nacionais, movimentando mais 5,5 bilhões. Entre 2010 e 2014 a competição deve gerar um incremento de R$ 5,1 bilhões no consumo das famílias e a geração de aproximadamente 330 mil empregos permanentes no mesmo período e de mais 400 mil empregos no período da Copa.
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